terça-feira, 29 de novembro de 2011

Contando as primaveras...

Depois do evento “maternidade” o tempo começou a passar tão depressa que nem me dou conta, e lá se foi outra primavera.
Logo vou começar a contar os “outonos” e se tudo der certo chegarei aos “verões”.

Minha primeira festa de aniversário foi aos 11 anos.
Antes disto eu tive uma dificuldade enorme de fazer a conta certa, e saber minha própria idade.
Eu sempre fazia a conta a partir do meu ano de nascimento, o que me dava um ano a mais, durante todo o ano, uma vez que completo ano no último dia do penúltimo mês.
Mesmo depois que entendi a coisa toda, continuei a mencionar minha idade pelo ano.
Mas, a partir de agora, acho que vou rever isto.

A coisa começou a ficar complicada, e eu quase não tenho certeza de quantos anos vou fazer.
Consulto o calendário e verifico que vou fazer 3.6.
Boa. Gostei da combinação dos números.
3.6.
Descobrindo que minhas armas, antes ferramentas de combate, hoje pesam.
3.6
Aprendendo a baixar as armas.

Aos 15 anos uma pessoa de 36, aos meus olhos adolescentes, era alguém “madura”, realizada, sem dilemas emocionais...
Grande engano.
A alma amadurece mais lentamente que o corpo.
As ruguinhas não perdem tempo e se multiplicam velozmente.
A genética da família favorece os cabelos brancos, tenho-os, aos montes.
Já a alma...a alma parece bem menos madura do que eu imaginei aos 15 anos.

Gosto das minhas marcas temporais.
Eu só desejo que minha alma acompanhe a passagem do tempo.
Que a tal sabedoria não espere tanto para tomar conta de minha essência.
Que os anos não tirem de mim o viço, o riso, o gosto, mas me acrescentem a capacidade de reaprender a respirar.
Que ao contar meus anos, eu lembre que só não os faz, quem morre antes.
Quero chegar ao fim da lida colecionando anos, vários novembros floridos.
Eu nasci na primavera.
Portanto irei contar primaveras sempre, mesmo quando o verão já estiver instalado em meu corpo.
Enfim, feliz dia meu, para mim.
Feliz novembro, 3.6.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O céu de novembro e os líderes anônimos...

Eu estou na turma do contra, teologicamente, ao menos.
Olhando o céu azul, céu de novembro, penso que está tudo indo a passos lentos rumo a perfeição.
Boa parcela das pessoas que conheço reza o mantra do “mundo está perdido”, “tudo será destruído”, “Deus está desapontado com sua criação” e por ai vai...
Eu sou da turma que adorou o marketing : “Os bons são maioria...”
É fato que os bons não se organizam como os maus, mas isto é assunto para outro dia.

Sou apaixonada pelo Deus que eu creio.
Se Ele existe ou não já é outro problema dos grandes, mas prefiro deixar para descobrir isto lá no fim, na hora certa, ou será melhor dizendo na mais incerta das horas, a hora final.
Por hora me satisfaz amá-lo, perdidamente.
Meu romantismo me permite continuar crendo. Apesar de tudo e através de tudo.
Sendo assim, adoradora, creio que Ele, já sabia de tudo que iria acontecer, e que sendo assim tudo está no seu perfeito controle.

Não tem nada perdido por aqui não.
O ser humano está se encontrando, a duras penas, mas está.
Falam-se das desgraças atuais, com se elas fossem novidade.
Novidade, na verdade, é a internet que permite que a informação seja vinculada com maior velocidade e alcance.
O homem já fazia das suas sandices desde que Caim matou Abel, e continuou fazendo.
A diferença é que agora tudo é público e notório.
Sendo assim a lei também busca se aperfeiçoar.
Antes matávamos os assassinos, nos igualando a eles, hoje, uma parte da sociedade busca entender o que tornou uma pessoa assassina, para que mais pessoas não sigam o mesmo caminho.
Uma parte da humanidade reconhece que cada um de nós carrega no peito uma arma empunhada, e que o grande diferencial é descobrir o motivo de alguns apertarem o gatilho, e outros não.

Deus deu sabedoria ao homem, e nós, reles mortais, achamos que sabíamos mais que Ele.
‘Danamos’ a destruir tudo para fazer do nosso jeito. Não nos tocamos que “do nosso jeito” a coisa ia desandar, a Terra ia gemer, e o “bicho ia pegar”.
Ele, o Criador da coisa toda, deixou a gente ir, até onde podia. E quando vimos no que ia dar, resolvermos fazer o caminho inverso.
O homem está voltando para onde tudo começou.
Enfim, tomamos o caminho de volta.
Estamos aprendendo a olhar para dentro, para o planeta, estamos descobrindo que no final das contas, Deus é que tinha razão quando criou a lama e os vermes.
Descobrimos a duras penas que tudo tem sua função no sistema da vida.

Claro que para ser otimista assim é necessário acreditar na eternidade da alma.
Crendo nisto é possível olhar pro alto e pensar, que no fim de tudo, o Pai deve estar orgulhoso de nós.
Não falo da maioria, mas falo de uma minoria capaz de mudar toda a História.
Falo de uma humanidade que criou Hitler, mas também criou líderes anônimos que lutam todos os dias nos partidos, nos sindicatos, nas associações de bairro.

Enfim, eu sou da turma do contra.
Acho que o Criador está orgulhoso só esperando para ver até onde podemos retornar.
Enfim, novembro sempre me deixa otimista. Sempre.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sim.

Você é a resposta para a pergunta que me faz.
De todas as certezas, que jamais pude encontrar, você é o sim.
Teus braços e abraços me livram do cansaço,
tua pele aquecida esquenta minha alma fria.
Juntos somos a fé que me faz falta.

De risos e planos;
de laços e tratos;
de amor;
...é assim nosso caso.

Você é a resposta que procurei desde o meu primeiro não.
Meu amigo, meu abrigo, meu enfeite, meu sal, meu alimento.
Você é o meu tempero e minha calma.
Somos o sim. O exato. O completo. O inteiro.
Sozinhos seriamos apenas a metade de tudo que queremos.

Sim. Você é a resposta para as perguntas que já fiz.
E sim é a resposta para a pergunta que me faz.
Simplesmente, sim.




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