quarta-feira, 31 de julho de 2013

Até quando amar?




Dentro de um certo espaço de tempo, havia um encontro onde ambos estavam.

Este encontro não tinha data prevista e podia levar um longo intervalo, de até dois anos, ou mais.
O fato é que de tempos em tempos, ambos dividiam o mesmo espaço.
Várias vezes sequer chegaram a se encontrar, devido a infinidade de atividades que o evento oferecia e ela passava a maior parte do tempo, tentando descobrir se ele desejava vê-la, como ela ansiava por este reencontro.
Nas pouquíssimas vezes que se viram, nada foi dito,como sempre fora nos últimos 22 anos.

Ela tinha dezesseis anos quando o conheceu, ele 24 recém completos.
Encontro de novela que só não descrevo aqui para preservar a identidade de ambos.
Mas tenho certeza que apaixonaram-se um pelo outro no exato momento que sentaram-se próximos.
Ela, tola, sonhadora, acreditava em tudo que ele dizia.
Ele, louco para impressionar, lhe contava causos sobre tudo que você possa imaginar. E sempre com ares de verdade absoluta.
Oito anos de diferença, hoje parece pouco, mas naquele tempo transformou-se em um enorme abismo entre ambos.
Ela, inexperiente, medrosa, mal informada.
Ele...ela nunca soube. Hoje ela desconfia que ele era tão inexperiente quanto ela.
O fato é que nunca saíram do zero x zero.

Tentaram tornar-se amigos, mas ai doeu mais.

O fato é que foi cada um para um lado, viver suas vidas, formarem-se em suas profissões, formarem suas famílias.
Mas...o tal encontro, este continuava sendo lei, afinal, passava o tempo mas chegava o dia, dia em que ela sabia que ele estava lá.
Nunca soube se causava a ele o mesmo impacto.
Por diversas vezes sequer se falaram.

Mas ontem ela me ligou. Confessou que precisava falar com alguém.
Na tarde anterior havia sido o encontro Internacional, e lá estava ele. O local era aberto, grama verde. Pela primeira vez, assim que ele chegou ela notou um certo alvoroço e percebeu que ele queria falar com ela, e a esposa tentava impedir.
Ele estava agressivo e chegou a ser violento com um amigo que tentou demovê-lo de sua intenção.
Finalmente, a sós, sentaram-se ao lado um do outro.
Ela, apreensiva.
Ele, lindo, exatamente como ela lembrava-se, tocou em seu rosto com ternura e disse:
Quando sairmos daqui, tudo voltará a ser como antes, mas não posso levar mais vinte e dois anos para lhe dizer o que deixei de falar no passado:
Eu te amo.
Levantou-se e foi embora.
Ela, sentada na grama, sorriu.
Eu também te amo, pensou.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Minha Paz tem meu nome.


Todos os dias eu respiro fundo e busco dentro de mim o meu melhor.
Todos os dias eu respiro fundo e prometo que enquanto eu estiver praticando este melhor, nenhuma pedra no caminho tirará de mim minha paz.

E estar em paz, algumas vezes, é quebrar tudo na frente do templo.
Quem já leu a bíblia sabe do que estou falando.

Paz não é somente silêncio.
Paz não é somente sorrisos mil.
Paz não é aceitação pura e simples de tudo.
Paz é saber para onde esta indo e não desviar-se do seu destino, ainda que muitas vezes seja necessário contornar montanhas.
Existe um motivo para todas as coisas. Acho.
Eu sei quem sou. De onde vim. Os motivos pelos quais vim.

A minha paz tem meu nome, e ninguém a pode tirar de mim.

A minha paz chama Eliana Klas, tem meu sangue, quente, porém doce. Pode apostar!

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