domingo, 15 de novembro de 2015

Devagar...4.0


Faz tanto tempo que não escrevo por aqui...
Mas este ainda é meu lugar.
É para cá que sempre volto...

Faltam 15 dias para meu aniversário.
Não um aniversário qualquer.
Completo 40 anos.
Outrora; quando menina; nesta data, escrevia em um velho caderno que chamava de “Diário”...
Depois, com os anos, os textos não são mais secretos e os verdadeiros segredos não são mais escritos em canto algum além da alma...
Devo dizer que gosto do que sou.
Gosto imensamente da história que escrevi com minhas próprias mãos, com meu suor, com minha capacidade de dizer não ao que me faz mal.
Minha infância ainda permanece como um lago escuro onde um assobio me tira do medo.
Minha infância ainda é um lugar onde não gosto de voltar.
Carrego em mim algumas cicatrizes causadas por esta insana mania de amar.
Carrego o peso abjeto de ver minha alma exposta sem nunca ter tido o direito de resposta.
Porém das escolhas que fiz na vida, uma delas foi a de seguir adiante na certeza de que um dia o acerto há de chegar.
Com todo este aparente fel, eu te afirmo que minha alma canta. Canta e é doce.
Minha alma é doce pois descobri que quem faz as escolhas sou eu.
Eu escolho. Eu decido. Eu determino a mulher que quero ser.
E eu sou exatamente a mulher que quis ser.
Com todo este poço de dúvidas, com esta alma inquieta e com esta boca seca...eu sou o que quero ser.
E gosto.





sexta-feira, 17 de abril de 2015

Meio segundo

Seus olhos cruzaram com minha boca.
Minha boca sonhou a tua.
Um suspiro, a lucidez.
O riso, o desconcerto, o tropeço.
Sua mão no meu braço, sua mão em minha cintura.
De novo o olhar, o pedido.
Meio segundo e dizemos não.
Sua mão em minha nuca, meu corpo perdido em sua boca.
Sua fala rouca me faz tremer; meu corpo rouco treme em você.
Você me cala, em meio segundo.



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