segunda-feira, 19 de outubro de 2009

...sem eu saber sequer...

...Só me resta a frase do poeta pra descrever-te em mim:

“Porque já eras meu sem eu saber sequer...”

...sim, é assim que chegaste,
sendo meu sem que eu sequer soubesse...
Porque me olhaste e neste olhar primeiro me elegeu pra ser sua,
Porque seu riso invadiu o meu mundo, tirou as letras do lugar,
Virou-me do avesso, menino travesso.

não pude deixar-te partir...
Ah, bem que tentei recusar, disfarçar, recuar...
mas, como deixar-te ir sem colocar-me inteira em ti?
Como deixar pra depois a vontade do agora e do mais?
Como esconder este riso, que me toma inteira quando me perco no som de sua voz?
E teus olhos que devoram os meus, tua boca que nasceu pra ser minha, e suas mãos que se entrelaçam e fazem parte de mim?
Não, eu não pude deixar pra depois...
Esconder de quem se sua vontade é a minha, se meus planos são os teus, se nosso caminhos se misturam?
Nossos caminhos tem o cheiro de terra molhada, tem cheiro de capim gordura, nossos caminhos são os mesmos,
nossas vontades as mesmas, nossa boca uma só,
nossos sonhos um do outro.

...e assim como disse o poeta, “tu me chegaste sem me dizer que vinhas”...
...agora fiques, faça morada em mim, construa seus castelos junto dos meus, misture tua terra com a minha, tua musica com a minha, tua pele em mim...

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