sexta-feira, 20 de agosto de 2010

...todos os dias, minha melhor história de amor.

...Neste mesmo espaço há algum tempo coloquei um texto chamado “Positivo”.
http://eutodososdias.blogspot.com/2008/09/positivo.html

Eu o reli hoje assim como reli tudo o que escrevi sobre este amor.

...Tenho um álbum no Orkut chamado “Eu e Ela”...nele digo que minha filha é meu respaldo, meu argumento...
E é verdade.
Amor que vem das vísceras .
Amor incondicional.
Absolutamente incondicional.
Ama-se um filho seja ele como ou o que for.

Ela é minha grande história de Amor.

E não é por meu envolvimento com seu pai, não.
É a minha história com ela.
Fiquei grávida em uma época em que minha noção de amor familiar era algo doloroso.
Família para mim era ruptura, vazio, medo. Era também amor, mas um amor cheio de cobranças, um amor que jamais foi incondicional.
Amor de mãe para mim era um Mito. Surreal.
Aos 20 anos de idade eu chegava em meu trabalho, na Av. Ipiranga, ia até a sacada e pensava: Céus! A vida não vale nada! É só cair daqui e tudo acaba!

Aos vinte anos de idade descobri que estava grávida e não tinha a menor vontade de formar uma família com o pai de minha filha.
Mas em meu ventre se formava minha nova família. A família que eu queria, a família que eu faria. A família que me ensinaria o que amor de mãe, de pai, de irmão.
Minha filha me fez olhar pra cada um com novo olhar.
E principalmente me fez olhar no espelho com um novo olhar.

A primeira palavra que ouvi foi: Se quiser tirar eu te ajudo!

Eu nunca, nem por um único minuto pensei em tirar.
Minha opinião sobre o aborto é controversa.
Não era esta a questão.
Eu poderia ter feito. Porém não havia em mim uma única centelha deste pensamento.
Ela se tornou meu respaldo, meu argumento, minha força.
Não minto, e quem me conhece daquela época pode atestar, que por ela mudei todos os meus rumos.
Por ela me coloquei no Prumo, por ela descobri que havia um sentido, por ela levantei meu rosto, ergui as mangas e fui ganhar a vida no peito.
Por ela comecei a pensar duas vezes antes de fazer escolhas... por ela até comecei a atravessar no faixa de pedestres e esperar o sinal ficar verde.

Desde de o dia que a senti pela primeira vez percebi que ia ser um amor complicado.
Era parte de mim. Feita do meu sangue, da minha carne.
Sairia de dentro de mim.
Todavia não seria eu.
Céus, era outra pessoa! Como podia então a dor dela doer em mim???!
Como podia então a alegria dela ser minha, e seus sonhos serem mais importantes do que os meus????
...


No começo é tudo tão misturado que nem percebemos que somos duas e não uma.

É troca máxima de contato, de intimidade...
não há em outra forma de amor contato mais profundo nem mais destituído de receios...
Mas ai os anos passaram...e ela começou a mostrar-se...então um dia se torna inevitável a descoberta: o serzinho saiu de mim e não sou eu. É feita de mim e é minha melhor parte, porém não sou eu.

E ai passei a ter certeza que seria mesmo um amor complicado.
Amor dos mais profundos, a mulher mais amada de minha vida, minha menina, meu grande amor!

Menina que me ensina a ser mãe, me ensina a ser gente, me ensina a buscar meus sonhos.
Menina que me ensina a ser mulher.

Há algum tempo quando me separei pensei que seria legal ficar sozinha um tempo.
Mas logo descobri que a sufocaria com meu amor e que o melhor que eu tinha a fazer era cuidar de minha vida pois da dela ela já queria cuidar.
...e assim meio de longe, errando e acertando,
... todos os dias eu sigo amando.

E se é possível que seja assim: cada dia amo mais...todos os dias!.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Esperança

Tenho um texto fresquinho pra por aqui.
Mas ando sem tempo.
Amanhã quem sabe consigo postar.

Por hora aos que convivem comigo devo dizer que:

Não por acaso hoje vim trabalhar de Verde.
Verde segundo reza a lenda é a cor da Esperança.
Quando abri o armário de manhã tomei cuidado de escolher a cor certa.

Meu sobrenome é esperança.
Mas não uma esperança apática,não uma esperança preguiçosa que se esconde atrás de um discurso de fé e sentada espera.

Minha esperança caminha pelas ruas buscando meus sonhos e se for preciso o carregará nos braços

...Mas hoje não falo de sonhos.
Falo de amor.
Minha dor, esta dor absurda que sinto no peito, não é mair que minha esperança.

...por isto o verde.
Existe uma ordem natural na natureza e esta ordem precisa ser mantida.
Os velhos vão primeiro, depois os jovens...
É assim que deve ser.

Pensei que quando chegasse o dia eu estaria pronta.

Descobri que jamais estarei pronta.

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