quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Um, dois, três...


Tenho frio e sei de onde ele vem.
Vem da fé que me faz falta.
Não acredito mais.
O relógio, só ele existe.
Ele marca o tempo.
Um, dois, três...fim.
Fim.
O meu, o seu.
Nada existe e eu não faço parte de grupo algum.
Nenhuma ideologia pela qual se valha a pena viver. Morreria por todas elas, pois a vida é um fardo.
Todo dia o acordar, o arroz, feijão, beijo na boca e amor correspondido.
Tentas contentar-me mostrando-me os passarinhos, mas eles também nada dizem.
O compasso do relógio marca a angustia do meu peito.
Respiro fundo, tento de novo.
Um, dois, três...cadê o fim?
Ar, preciso de ar e calor.
O relógio irá trazer minha fé de novo.
Um, dois, três...


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