Minha boca sonhou a tua.
Um suspiro, a lucidez.
O riso, o desconcerto, o tropeço.
Sua mão no meu braço, sua mão em minha cintura.
De novo o olhar, o pedido.
Meio segundo e dizemos não.
Sua mão em minha nuca, meu corpo perdido em sua boca.
Sua fala rouca me faz tremer; meu corpo rouco treme em você.
Você me cala, em meio segundo.
6 comentários:
Gosto quando a literatura sugere e não diz. o evento é inacessível, indizível...
Há um fragmento de Heráclito que me acompanha quase como um mantra, faço questão de lembrar dele cada vez que me (pro)ponho: "O ser não fala e não cala, mas aponta".
Obrigado por "apontar".
O ...Eu todos os dias É puro apontamento. E só.
Não tem pretensões algumas. Não é literatura.
É grito, é gemer...é apontar e pronto.
Beijos.
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