sexta-feira, 24 de junho de 2011

Carta aberta às Aspirinas e Urubús.

Meu amigo urubuzinho, minhas ASS:

Ao Urubú Mor:

Jotta, apesar de nossa diferença de idade aponte eu como a mais velha, sinto em você um cara que me aponta o "norte" que me dá a direção em muitas coisas na vida.

Já questionei teu jeito meio "azedo" , mas é justamente esta sua capacidade de não ser um "otimista" cego que fez de você uma pessoa na qual posso confiar.

Saber que você não se furta a critica, mesmo quando aponta defeitos, me ajuda a continuar confiando em você, embora você tenha o don de me irritar.(rs)

Sinto muita falta de nossos papos on-line, pois alí era"pau, pau, pedra, pedra", eu conseguia na hora da emoção extrair sua opinião e expor a minha.
Cresci muito em nossos papos, no sentido de me aperfeiçõar em algo que fazia sem compromisso: escrever.

Dia destes, no seu último e-mail fiquei com a sensação de que eu naõ havia entendido direito o que você havia escrito.
Lí e relí seu e-mail várias vezes, e tentava entender exatamente o que buscava nos passar e que tipo de resposta esperava de mim.
Eu fui franca, expus minha frustração em ver findar um projeto no qual sinto que não me dediquei simplesmente por não poder.

Sei que você não pode dimensionar o que acontece por aqui,mas acredite, não pude.

Hoje vim pelo caminho pensando no seu e-mail.

Acho que quero escrever algo melhor.

Quero escrever textos que tirem o que há de melhor de dentro das pessoas.

Existem textos qeu escrevo, que são feios, são ruins não no sentido literário, mas no sentido do tipo de sentimentos que desperta. São "negros" como disse o Davi.
Eu preciso escrevê-los para purgar a minha alma, para libertar meu peito da dor, mas eu não quero mais que eles alcancem as pessoas.

Preciso escrever textos que contaminem as pessoas de maneira positiva.
Por mais que que eu me liberte quando escrevo textos com gosto de lama, por mais que eu precise muito deste tipo de escrita, não é este o tipo de texto que quero escrever.

Enfim, tenho pensado muito em vocês ultimamente.

Me perdõem, de verdade, por cada texto meu que não esteve a altura do nosso blog.
Me perdoem os silêncios quando havia tanto a ser partilhado.

Eu, como cada um de vocês (tenho certeza) tenho travado umas batalhas bem complicadas, e a pior delas é aquela que se trava dentro do próprio peito.
Mas estou vencendo.
Sei que meu sobrenome é abençoado e nada poderá me tirar isto.
Meu nome quer dizer "trigo".
O mesmo trigo dos cabelos do pequeno principe.
O trigo que faz o pão. O pão que partilhado derruba muralhas.

Enfim, sei que há uma unção de vitória sobre nós e nada poderá mudar isto.

Existe a vitória que muda o mundo. E existe a vitória que muda nossa alma e nossa própria história.
A primeira parece ser mais importante. Mas não se enganem.
Ser capaz de construir a própria história é a maior vitória que um ser pode ter.
Só depois disto somos capazes de mudar o mundo.

Um beijão em cada um.

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